Hoje, pensando em escrever o post anterior, reli alguns trechos do Tao te King e fiz esta foto da árvore que plantei na frente de casa. Talvez, por causa desta ideia, uma de minhas preferidas no livro: "Quando as pessoas nascem são flexíveis, e quando morrem são rígidas. Quando as árvores nascem são maleáveis, e quando morrem são quebradiças".
Gosto de árvores, por isso plantei muitas. Milhares até. Demoram a crescer, o resultado não é imediato. Mas, ao ver uma árvore frondosa e recordar-se que, muitos anos antes, você tinha nas mãos uma pequena semente, nos dá um pouco da sensação de saber utilizar corretamente o tempo.
Aqui em casa evitei usar mudas enxertadas, dessas que a gente compra nos viveiros. Elas crescem mais rápido, produzem mais cedo, mas param logo de crescer. As mudas que eu mesmo preparei, como esta mangueira, demoram mais. Mas em compensação, quanto mais o tempo passa, serão maiores e mais bonitas.
A natureza ensina. Sermos rígidos e competitivos, na busca de "nossos objetivos", expressões tão em moda hoje em dia, apenas apressam nosso fim. "Quando você dá toda a sua força, envelhece; isto, dizem, é incontrolável". Busquemos então a flexibilidade. Pois ela é "companheira da vida".
Sinceramente, o Tao me fez repensar valores e até, abrir mão ou questionar as ambições tidas como "normais" em nossa sociedade consumista. Dizem que os taoistas dominavam as técnicas de longevidade. Eu não duvido. Quero ver minhas árvores crescendo.
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