"Eu não sei, não" cantavam os Paralamas.
Mas a gente sabe. Se não sabe, desconfia (na minha bio do twitter eu explico melhor isso). Ontem na hora do almoço disse que já era hora de colocar as capas de chuva no baú da moto. A seca chegava ao fim.
Pois bem, assim não o fiz. Esqueci das capas. Sai para resolver coisas de trabalho e voltei no fim da tarde para casa. Por sorte (deste motociclista egoísta) até então, nada dela aparecer.
Eis que no início da noite um vendaval e trovões anunciavam solenemente. Alguns, poucos pingos, quase dava para contá-los...e de repente, a chuva choveu com vontade...e prosseguiu a noite inteira.
A farra foi tanta que os pássaros até se atrasaram para cantar em minha janela. Mas cantavam mais alegres. Pensei ser madrugada ainda e já era 7 horas. O sol parecia envergonhado, tão desejada, bela e abençoada foi aquela primeira chuva de setembro.
Lembrei-me do I Ching, em seu Hexagrama 40: "Tais épocas de mudança repentina são muito importantes. Assim como a chuva provoca um alívio nas tensões atmosféricas e faz com que todos os brotos se entreabram, assim também o período da liberação traz um alívio ao que estava sendo oprimido, e um estímulo à vida". Tirei então esta foto, ainda com algumas gotas penduradas no galho do maracujá. Reparem no pequeno broto e a paisagem do cerrado já diferente, mais esverdeada, menos amarelo-acinzentada. Ok, que são detalhes, banais e corriqueiros. Mas a vida é assim, não?
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