quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Adeus, Iemanjá. Que venha Oxalá.

50 + 02

Achei curioso quando soube que 2015 seria, segundo o candomblé, um ano regido por Iemanjá. O destino, como as ondas do mar, nos levaria e traria coisas.

E foi assim mesmo. Entre os mais próximos, 2015 levou um grande amigo, minha cunhada, o filho pequeno de um amigo e uma tia de minha esposa. Mas, eis que no mesmo mês em que me cunhada se foi, fiz esta foto de minha sobrinha, junto às águas, esperando seu bebê.

E então, o bebê Bernardo nasceu. Alegria renovada. O tio fez o mapa astral dele: Leonino, com ascendente em Touro e lua em Libra. Vai ser conquistador o garoto. Com ajuda de minha esposa, ele já se diverte em seus primeiros vôos.

Para fechar o ano, eis que descubro, que ele também já tem suas preferências aos 4 meses de idade: o colo deste tio, por exemplo.
Que venha 2016, que dizem, será um ano de Oxalá, onde as pessoas buscarão mais a criatividade, a espiritualização e a harmonia. Que assim seja!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

E a vida contínua

50 + 01

"Quem não se move não sente as correntes" A citação de Rosa de Luxemburgo está na dedicatória que recebi da amiga Cynara Menezes no lançamento de seu recente livro "Zen Socialismo".
Estou terminando de ler o livro. A linguagem é coloquial, pois é uma coletânea dos posts de seu blog. Mas, para mim, foi engraçado ler os relatos da amiga, parecia que eu ouvia a voz dela me contando as histórias. Em alguns momentos, imaginava até ouvir seus risos.

Será que isso acontece sempre que se conhece o autor do que a gente lê? Pensando nisso, resolvi revisitar este blog, que para mim, tinha cumprido seu objetivo. O prometido era 50 textos, comemorando meus 50tinha. Mas, a vida continuou, apesar do blog ter estacionado no início do ano passado. 

A gente se move, sente as correntes. Fluxo da vida. Como costumo dizer: envelhecer é ainda melhor do que "a outra opção".

Neste sentido, 2015 foi um ano difícil. Logo em janeiro, perdi um grande amigo, que acabava de completar 49 anos. No dia de seu aniversário lhe mandei uma mensagem pelo celular o cumprimentando por também chegar aos "50tinha". Ao que ele me respondeu: "Calma, Camarada. É 49 ainda". Em maio foi a vez de me despedir de minha cunhada, que após lutar bravamente, porém serena e alegre, contra um câncer de estômago, nos deixou aos 41 anos.

A volta pra casa depois de deixar um ente querido no cemitério não é fácil. "Viver é muito perigoso", dizia Rosa, não a de Luxemburgo, mas sim o Guimarães, de Cordisburgo, MG.

Nestes 2 casos, minha esposa que percebeu a solidariedade que recebi de meus 2 cachorros. Eles sempre ficam agitados, latindo e pulando, ao me verem chegar, pois significa que irei levá-los para passear na rua. Mas, nestes 2 momentos, eles foram capazes de entender e respeitar meu luto, ficando quietos e tristonhos também. Acho que os cachorros entendem este lance de amizade, né?