Estive professor por uns 10 anos. Não acho que tenho o “perfil
acadêmico”, me via muito mais como um profissional da área que dava aulas, não
alguém que segue a carreira acadêmica, ao contrário de minha esposa, que está cursando
o Doutorado. Em 2010, após 6 anos como professor universitário em uma faculdade
particular, me demitiram porque não tinha Mestrado. Eles buscavam um corpo
docente mais qualificado para melhor avaliação do curso junto ao MEC. Dizem, as
más línguas, que após a avaliação, eles demitem os mestres e doutores, para
diminuir custos. Mas, isso é outra história.
Neste momento, eu ia começar a fazer Mestrado em Ciência
Política, meu pré-projeto já tinha sido aprovado. Mas, demitido, desisti, resolvi
não ter este custo. Gastaria o equivalente a um carro zero para pagar o
mestrado. Minha indenização trabalhista também alcançava o valor de um carro. Teoricamente,
empate.
Decidi que não valia a pena. Um ciclo se encerrava ali. Este
dinheiro do FGTS foi o início das economias para a construção de nossa casa,
iniciada no ano seguinte e onde já moramos desde janeiro de 2012, saindo do
aluguel.
No fim das contas, o que pagava de aluguel e condomínio na
Asa Sul, era quase que o salário de professor na faculdade. A diferença é que
agora moramos no que é nosso, numa região dizem ser a “bola da vez” da
especulação imobiliária no DF. Cada real
gasto na construção da casa, hoje vale no mínimo três. A tendência é que valorize
mais.
Assim, troquei a “Ciência Política” pela “Casa Ecológica”. Ela,
a “Casa Ecológica”, me rendeu assunto para um blog que alcançou mais de 16 mil
acessos. E como “blogueiro progressista” tenho bem claras minhas posições
ideológicas e políticas. A diferença é que a gente faz a política na prática,
não na teoria.
Acho que sigo minhas intuições. Elas resultam nestas “pequenas diferenças”. Até hoje, não me
decepcionaram. Sobre a política,
especialmente a do DF, não posso dizer o mesmo...rs.
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